Latência no contexto de ordens
Para simplificar podemos definir Latência, olhando do ponto de vista do usuário, como o tempo decorrido entre o da envio da ordem e confirmação pela Bolsa. Ou seja, tem relação com a velocidade da ordem, porém outros pontos devem ser observados, além da Plataforma e do OMS (Sistema de Roteamento de Ordens).
Pontos a serem considerados:
Canal(Link) de comunicação do usuário por onde trafegarão as ordens
Exemplos que interferem na Latência:
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Localização / distância entre a máquina do usuário e o OMS
Plataformas instaladas na nuvem no exterior têm latência maior.
Observação
O Simples fato do OMS estar em São Paulo e a Plataforma em outro estado, adiciona latência na comunicação.
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Links pequenos e/ou instáveis e/ou conexões WiFi, 3G, 4G, ...
A baixa qualidade de alguns serviços de internet contribuem para o aumento da latência e/ou instabilidade na comunicação.
Importante
- Um destes pontos ou o conjunto deles, adicionam alguns milissegundos à ordem, podendo em alguns casos chegar a dezenas ou até centenas.
- A velocidade e a concorrência no link da Corretora ou Provedor também incluem alguns milissegundos.
Rede da Corretora ou Provedor e Link RCB
- Tempo de processamento do OMS (Sistema de Roteamento de Ordens), que recebe as ordens e faz todas as validações, incluindo limites/risco pré-trading. Este tempo depende, em grande parte, da capacidade dos servidores que fazem o processamento.
- A rede afeta a latência, porque entre firewalls, roteadores, switches e servidores, pode acontecer muita coisa. O desafio aqui é inserir o mínimo de latência.
- A velocidade do link(RCB) que liga a Corretora ou Provedor à Bolsa também interfere no tempo da ordem, bem como a concorrência neste link e a distância entre o DC da Corretora ou Provedor e a BM&FBovespa.
- O RTT (Round Trip Time), que é o tempo que a ordem leva "dentro da Bolsa", também adiciona alguns milissegundos.
Conclusão
O tempo total da ordem até ser exibida no livro de ofertas é igual à soma de todos estes pontos citados acima.
Lembrando que o acesso via Corretora é chamado de DMA1 e via Provedor, DMA2. Clique aqui para mais informações sobre modelos de acesso.
Importante
Slippage: Ocorre com frequência ao operar-se papéis de alta volatilidade, como por exemplo papéis que estão sendo operados por HFTs. O operador, ao visualizar o livro de ofertas, lança a ordem. Porém, quando esta chega à Bolsa, o cenário já se alterou e a execução da ordem lançada pode não ser exatamente como se esperava.
Referência: http://www.investopedia.com/terms/s/slippage.asp
Rio de Janeiro, Agosto/2015